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ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA RESERVA REMUNERADA E REFORMADOS DA POLÍCIA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DF

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Foto do escritorComunicação Social ASSOR

Negociação para aumento salarial preocupa comandantes da PM


O comandante da Academia de Polícia Militar, coronel Jean Rodrigues Oliveira, afirma que“Caso se confirme um aumento diferenciado pra polícia civil, temos que agir imediatamente ou a tropa o fará, sendo bem pior pra sociedade, pra imagem da nossa corporação e pro próprio governo. Precisamos insistir em que o GDF entenda isto”, escreveu ele num dos parágrafos  de sua mensagem, referindo-se à equiparação salarial entre as polícias Civil e a Militar.


Com 27 anos de serviço e tendo comandado o quartel de Santa Maria durante a última operação-tartaruga, o Coronel Jean está preocupado. Em entrevista ao Brasília Capital ele destacou que “é complicado segurar a tropa que não se recusa a trabalhar, mas os policiais podem entrar na viatura e não agirem.” Esclarece que a tropa está motivada, que os índices de criminalidade vêm caindo (veja quadro ao final da página) e que a não concessão de aumento e equiparação pode desmobilizar a força com consequências ruins para a população.

Na tarde desta quarta feira, 31, o governo do Distrito Federal apresentou uma proposta de reajuste aos policiais Civis (PCDF) de 33% de aumento sendo, 8% em janeiro de 2018, 7% em janeiro de 2019, 8% em janeiro de 2020 e 10% em janeiro de 2021. A categoria não aceitou e nova reunião está prevista para segunda feira, 5. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estão apoiando a PCDF e exigem equiparação dos salários entre as três forças em 37%, o mesmo reivindicado pela Polícia Federal.

Diante do cenário que considera grave, o coronel Jean enviou  à tropa a mensagem a seguir que o Brasília Capital reproduz na íntegra

“Caros amigos, como já disse antes, neste momento grave que vivemos quem não se posicionar a favor da PMDF definitivamente estará contra ela.

É chegada a hora de se mostrar forte. Se assim não agirmos, pra sempre perderemos o respeito da sociedade. Seremos vistos como fracos, como uma polícia de segunda categoria. Não podemos fazer greve, não temos sindicato, mas temos nossa vontade e a honra individual de cada um.

Cabe agora aos comandantes maiores a honrosa resposta de não aceitar gratificações em troca do sofrimento de seus subordinados. É o mínimo que se espera de quem comanda. Sejamos serenos, sem indisciplina, sem falatórios, sem tratarmos mal nossa sociedade, apenas deixando claro o que somos. Trata-se de decisão de cada um, dentro de sua própria individualidade e força de caráter.

Mais uma vez digo que o aumento da PCDF é justo, mas não podemos admitir recebermos algo diferente. Jamais aceitarei comandar sob o medo e a desonra, prefiro o olhar respeitoso dos amigos e da minha família.

É muito difícil para um coronel policial militar aceitar estas coisas. É como ferir a própria alma de Militar. Vou até a morte por minha missão. Todos nós vamos, mas não vou viver o resto de meu tempo me sentindo culpado por ter me acovardado. Passamos os últimos 25 anos reclamando de uma diferença de salários e agora aceitaremos inertes?

Caso se confirme um aumento diferenciado pra polícia civil, temos que agir imediatamente ou a tropa o fará, sendo bem pior pra sociedade, pra imagem da nossa corporação e pro próprio Governo. Precisamos insistir em que o GDF entenda isto.

Coragem, força e serenidade.

Coronel Jean.”

Quadro comparativo mensal 2016 – por natureza (SSP/DF)


Fonte: www.bsbcapital.com.br

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